domingo, 31 de outubro de 2010

AS MÃOS

Naquela manhã o jovem professor chegou à escola um tanto cabisbaixo. Problemas se somavam e pesavam sobre sua sensibilidade de jovem idealista.
Estava difícil suportar. Foi então que, durante uma reunião de trabalho ele não pode controlar as lágrimas que lhe escorreram pelo rosto, em abundância.
Uma amiga, que o observava, em silêncio, estendeu as mãos e segurou as dele, num gesto de ternura.
Foi uma atitude simples, mas significou muito para aquele jovem, pois ele sabia que a amiga tinha uma vida super atarefada; muitas atividades e preocupações, filhos, marido, empresa, mas, mesmo assim, tinha tempo para dedicar ao amigo, para estender-lhe as mãos.
Aquele gesto simples levou o jovem a escrever sobre a importância das mãos. O texto diz mais ou menos assim:
As mãos podem muitas coisas: oferecer apoio no momento certo, estender-se para consolar, segurar firme para amparar.
Mas o que mais podem as mãos?
As mãos saúdam, as mãos sinalizam. As mãos envolvem, dão carinho.
As mãos estabelecem limites. Escrevem. Abençoam.
As mãos desenham no ar o "Adeus", o "até logo".
As mãos agasalham. Curam feridas.
Para o mudo a mão é o verbo. Para o idoso é a segurança.
Para o irascível a mão erguida é ameaça. Para o pedinte a mão estendida é súplica.
Para quem ama, a mão silenciosa, que acolhe a do ser amado, é felicidade.
Para quem chora, a mão alheia é conforto.
Há mãos que agarram, perturbadas. Há mãos que tocam, suaves. Há mãos que ferem. Há mãos que acariciam. Há mãos que amaldiçoam.
Há mãos que abençoam. Há mãos que destroem. Há mãos que edificam, trabalham, realizam.
Jacó estendeu as mãos para abençoar Efraim e Manassés.
Moisés estendeu as mãos para transmitir a Josué a autoridade para conduzir o povo de Israel, em seu lugar.
Jesus impôs as mãos sobre as crianças para abençoá-las. Também impôs as mãos para curar a filha de Jairo, o surdo-mudo, o cego de Betsaida, e tantos outros.
Há pessoas que transmitem energias, através da imposição de mãos, entregando-se a essa tarefa tão bela de amor.
Mãos benditas desse arauto da boa nova, que não se cansavam de consolar a todos aqueles que as procurassem.
Nossas mãos podem exteriorizar o amor, construindo templos, hospitais e escolas; fabricando vacinas e equipamentos médicos; alimentando famintos, medicando enfermos...
Podem concretizar a paz social assinando tratados de armistício, escrevendo livros, guiando carros, pilotando aviões, varrendo ruas, tocando instrumentos musicais, pintando telas, esculpindo, construindo móveis, prestando serviços...
Podem manifestar fraternidade, ao lembrarmos da essencialidade do humano, da sensibilidade, da empatia, estendendo-as a um irmão que, num dia difícil, põe-se a chorar.

Pense nisso!
Suas mãos são abençoadas ferramentas para construção de um mundo melhor.
Use-as sempre para edificar, elevar, dignificar, apoiar, acenar com a esperança de dias melhores...
By Régis

quinta-feira, 21 de outubro de 2010

Educação autêntica

A mãe foi com a filha à oficina mecânica levar o carro para conserto. Enquanto acertava detalhes com o mecânico, sua filha de 6 anos, pulou para o banco da frente e começou a brincar de dirigir.
Manobrou o volante para a direita e para a esquerda, simulando curvas. Fingiu que buzinava e desviava obstáculos. Até que resolveu abrir o vidro, colocar sua cabecinha para fora e começou a xingar.
O mecânico a olhou e, frente o olhar perplexo da mãe da garota, disse: "que é isso, lindinha? Não é assim que se dirige..."
A menina, muito depressa, respondeu: "mas minha mãe dirige assim..."
Exemplo o grande obstáculo para a verdadeira educação. Enquanto se diz uma coisa e se faz exatamente a contrária, a educação dos nossos filhos não alcançará o êxito que almejamos.
Não falamos da educação convencional, acadêmica, mas a moral, aquela que trabalha a inteligência e a emoção, os hábitos e as aspirações, o ser integral, que é eterno.
A educação formal, memorizada, que recolhe informações intelectuais, contribui para o aprimoramento cultural. Essa desenvolve os valores externos e aquisitivos para o consumo imediato.
A educação moral, contudo, faculta o enriquecimento espiritual. É a que direciona os desafios éticos e comportamentais que trabalham nas estruturas íntimas da criatura.
Trata-se de poderoso antídoto à violência e à vulgaridade. Promove o indivíduo a níveis elevados de conduta, através dos quais preserva e desdobra os tesouros da sabedoria e da vivência dignificada.
Trata-se de transmitir diretrizes universalistas sobre o dever, a solidariedade, o amor, a compreensão, os direitos da cidadania. Acima de tudo, o respeito a tudo e a todos.
Desta forma, a educação moral não se restringe às palavras com efeitos especiais. É indispensável o comportamento pacífico e fraternal, abrangendo todas as pessoas e formas de vida em um imenso amplexo de dignidade e admiração.
Essa contribuição moral formará pessoas ricas de sentimentos disciplinados, de comportamentos saudáveis, que influenciarão a família, alcançando a sociedade como um todo.
Eis como se operará a transformação do mundo, tão almejada. Tão sonhada.
A educação moral trabalha o espírito, o ser real, moldando-lhe as asas da angelitude, sem lhe retirar os pés do caminho humano a percorrer.
Enquanto trabalha, produz e se enriquece de valores intelectuais, deve igualmente a criatura receber a educação dos sentimentos, fixando condutas que devem se aprimorar, através das diferentes fases do processo evolutivo.
E podem se ampliar as possibilidades de elevação, se a essa educação moral se adicionarem os conteúdos a respeito das necessidades do ser em relação a si mesmo, ao próximo e a Deus.
Então, o coração se enternece, se dilui a brutalidade dominante e um elenco de conquistas espirituais se abre. Conquistas que se multiplicam à medida que o ser mais se enobrece.
A educação intelectual, artística, profissionalizante, desempenha importante papel na realização do ser humano.
Mas é a de natureza moral, que não se encontra nos livros, mas sim nos exemplos, que o libertará dos condicionamentos negativos.


Essa educação é indispensável para a sublimação do espírito, tanto quanto para a vitória da paz no mundo.
By Régis

quarta-feira, 20 de outubro de 2010

As minhas muitas atividades

Constantemente encontramos pessoas indispostas e queixosas, diante dos compromissos que assumiram espontaneamente, ou que tiveram que assumir, premidas pela necessidade.
Muitas delas, tornadas infelizes, passam a não fazer bem feito o que têm aos seus cuidados, sob mil alegações, tais como:
"Não ganho para isso..."
"Ninguém me dá valor..."
"Estou estressado com tantas coisas..."
"Enquanto me acabo, há outros que não fazem nada...". E outras alegações, que apenas ampliam dificuldades.
É verdade que vemos mães e pais de família sobrecarregados diante dos deveres domésticos que lhes pesam.
Os compromissos de cuidar do lar, da família e da profissão, ao mesmo tempo, provocam desgastes e cansaço, indiscutivelmente.
No entanto, partindo-se do princípio de que Deus não concede um fardo maior do que as forças de quem o vai conduzir, como estabelece a voz popular, constatamos que os aborrecimentos são injustificados.
Concebendo-se a perfeição das Leis Divinas em tudo, também esse rol de atividades e de lutas está sob o foco dessa Divina Perfeição.
Por outro lado, a adoção das reclamações e do mau humor permanente não solucionará os problemas, nem diminuirá os deveres à frente deles. Antes, ampliará as torturas sob as quais a pessoa alega viver.

Você pode escolher: fazer o que tem que fazer com raiva, má vontade, e tornar seu dia terrível.
Ou, fazer o que você tem que fazer conservando a calma, a paciência, e buscando nessas atividades algo que lhe ensine sobre a vida.


Você ainda pode verificar se realmente não está trabalhando demais, cansando-se demais, em virtude de querer ter mais coisas, de desejar manter um padrão de vida econômico e financeiro melhor.
Se for por isso, a reclamação é indevida. A situação só depende de você para ser resolvida.
Se você é compelido a essas múltiplas atividades, porque elas são vitais para o equilíbrio social da família, da sua vida; se não há modo de alterar esse quadro, sem graves prejuízos, para você e os seus, então, você está em meio a vicissitudes importantes para o reequilíbrio geral, perante as Leis de Deus.
Se a sua jornada múltipla atende a necessidades intransponíveis, seja numa fase da sua vida ou seja durante toda a vida terrena, pense na importância disso para o seu reajustamento espiritual.
Pense no seu futuro.
Veja, por outro lado, que você trabalha muito agora, sim, e censura os que nada ou muito pouco fazem, no campo dos seus conhecimentos.
Avalie que esta situação que essas pessoas vivem hoje em dia, de modo displicente, cria para elas a necessidade do reacerto com as Leis Eternas, no porvir.
A diferença entre elas e você é que você já se encontra em franco processo de reajustamento, respondendo pela má utilização do tempo no seu passado.


Faça tudo com alegria íntima, porque você está em rota de libertação.

O que lhe dói não é o trabalho em si, pois o trabalho é Lei de Deus.
O que o atormenta é o preço do resgate, caracterizado pela indiferença do mundo para com a sua luta particular.
Da próxima vez que você pensar e lamentar a respeito de suas muitas atividades, lembre-se disso: o trabalho é oportunidade maravilhosa de crescimento interior.
By Régis

terça-feira, 19 de outubro de 2010

Você vale mais que isto

Certa vez uma menina de oito anos estava passeando pelo shopping, próximo da sua casa, com algumas amigas. Viu um dinheiro sobre o balcão de uma loja e pegou-o. A balconista viu e chamou-a de ladra. Segurou-a pelo braço e a levou até seus pais.
A menina estava aos prantos, e os pais ficaram desesperados com a situação.
Algumas pessoas mais próximas esperavam que os pais batessem e punissem a filha, mas os pais desejavam educá-la para a vida e mostrar-lhe o quanto a amavam.
Chegando em casa, os pais fizeram algo inusitado. Deram à garota o dobro do valor que ela havia furtado e lhe disseram que ela era muito mais importante para eles do que todo o dinheiro do mundo.
Explicaram que a honestidade e a dignidade não têm preço, pois nem mesmo toda a riqueza do mundo vale mais que essas virtudes.
A sabedoria dos pais transformou uma situação crítica em um momento mágico de educação, de extrema beleza, e a menina jamais esqueceu aquela lição.
Os pais valorizaram mais a filha do que o seu erro. E isto fez a diferença.
Em vez de punição, educação. Em vez de condenação, perdão. Em vez de agressividade, diálogo. Em vez de rigor, amor.
Os pais, embora muitas vezes bem intencionados, perdem inúmeras oportunidades de educar os filhos com sabedoria e usam um rigor que afasta e infelicita.
Valorizam demais os erros e não se dão conta de que o filho pede orientação e carinho e não punição e condenação.
São os filhos mais difíceis que testam a nossa capacidade de amar e educar.
Muitas vezes os filhos têm atitudes que parecem ter o propósito de nos tirar do sério, de nos irritar, mas quando penetramos nos seus motivos, percebemos que a intenção é bem outra.
O que geralmente acontece é que não analisamos bem a situação inesperada e somos precipitados nas reações, causando dor, sofrimento, e abrimos um enorme precipício entre nós e nossos filhos.
É importante levar em conta que nossos filhos são espíritos em busca de aperfeiçoamento e que são perfectíveis.
Muitos são náufragos em busca de um porto seguro, que nossos braços podem lhes ofertar, em nome do amor.
Se você deseja, com toda sinceridade, semear no solo fértil do coração do seu filho, as sementes de felicidade e esperança, penetre no seu mundo íntimo através do diálogo.
Estenda a ponte da compreensão, da tolerância, do perdão, da doçura, do afeto.
Não existe barreira capaz de se contrapor à força do amor em ação.



Pense nisso, e dê os passos necessários para chegar perto, bem perto mesmo, do seu filho problemático, mas extremamente carente de ternura.
Mais importante do que passar regras e exigir que seus filhos as cumpram, é estar junto deles, dialogar com seriedade, saber dos seus reais sentimentos e intenções.

Somente quem conhece a fundo o seu educando, pode ajudá-lo na difícil arte de viver, e viver com dignidade.
By Régis

segunda-feira, 11 de outubro de 2010

Pensamentos de um Educador

Meus pensamentos: 
“Não basta apenas ser professor, é preciso ser mestre na arte de ensinar.” 
“Não existe força maior que a força espiritual, a força física acaba com o passar dos anos.” 
“Se a solidão os incomoda, porque não usar esse tempo para adquirir conhecimentos.” 
“Muitos dizem que o fim do mundo chegou, se isso é realmente verdade, graças ao bom Deus, ainda temos muitos sobreviventes em constante luta.” 
“Acredito que a primeira função do educador é ensinar a ver, sentir e fazer. Não estamos lidando com robôs, e sim com pequenos seres em plena descoberta do conhecer e experimentar.” 
“Não acredito na incapacidade das pessoas, acredito sim, na falta de estímulo que vem do berço, no qual são literalmente desprovidos por mães e pais leigos nesse aspecto. Não que seja culpa deles, mas da educação que receberam sem a riqueza de certos detalhes que faz da educação uma verdadeira arte.” 
“Quando me perguntam qual a minha religião, automaticamente digo que acredito em Deus, uma criatura toda poderosa, e descobri já faz algum tempo um meio de fazer minhas orações. Sabem como? Escrevendo.” 


“O valor das pessoas não está na beleza exterior e sim no conteúdo da alma.”

By Régis
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